*Transição Interior e o Processo dos Eclipses

Caminamos.

Ou pensamos que estamos a andar.

Às vezes tropeçamos.

Outras vezes caímos.

O trajeto para o próximo eclipse não é reto nem suave: ondula-se entre o eclipse lunar, o solar e o equinócio. Há algo nos fluxos de energia que nos impulsiona a transitá-lo assim, com desvios, com sacudidas. Não é castigo. É calibração.

O corpo, em seu processo individual, começa a mudar sua forma de condução. Não só como matéria, mas como consciência encarnada. Novos padrões surgem, movimentos internos que não obedecem à lógica habitual. A nível físico, isto pode ser desconfortável. Irritar. Desorientar. Mas faz parte do único processo que existe: o próprio.

Mudanças de consciência corporal manifestam-se no sangue, células, ADN. Em tudo.

Daí a letargia.

A exaustão.

O cansaço.

A necessidade de se isolar ou de se conectar apenas com aquilo que, por um instante, nos faz sentir melhor.

Não por evasão, mas porque estamos sendo outra pessoa.

Energeticamente, estamos nascendo de novo.

Eu entendo.

Eu vivi isso.

Eu vivo o que é meu.

E no entanto, muitas vezes não podemos ver mudanças em nós. Porque há uma realidade ainda mais densa: vivemos em sociedade. E 90% fazemos isso dentro de uma estrutura ocidental, onde a luta é mais intensa. É a sociedade que desmorona energeticamente. E fazer um processo em um ambiente que se desmorona não é fácil. É um ato de resistência silenciosa.

Desde a mente antiga — ainda ativa em muitos — persiste a ideia de que se você estiver se curando, renascendo ou melhorando, então você deve estar brilhando.

Devias estar rejuvenescido.

Você já deve ter um equilíbrio económico.

Você deveria ter alcançado o que eles chamam de "vida melhor".

Mas atenção:

Uma vida melhor não é o telefone novo.

Não é o carro.

Não é a casa.

Não é tudo o que sonhamos desde a lógica 3D.

Porque isso - isso já existe nesta terra -

E lá não há vida.

Há vazio.

Vida nova não é vida velha maquilhada.

Não é uma versão otimizada do mesmo sistema.

Não é mais brilho na mesma estrutura.

A vida nova é humana.

Renacida.

Encarnada por dentro.

E só de lá poderá ser projetado para fora.

Se não houver transformação interna,

Sem mudança.

Hay maquillaje.

E maquilhagem sobra.

Entenda.

Segura-o.

Não há lo presures.

Nosso ambiente com suas variantes é conflituoso. E isso também é energia. A raiva, a frustração, os elementos que levaram ao longo dos séculos à desorientação, ao caos, ao choque, à violência. Tudo isso aumentou. Nós sabemos isso. Nós vemos isso. Sentimos muito.

Esse desmoronamento está diretamente relacionado com as linhas do tempo antigas e as novas. Ambas acontecem ao mesmo tempo. E esta temporada de eclipses é de profunda cura, cura, recalibração. Eu sinto isso em mim. Eu sinto isso nas sessões. Eu sinto isso nos corpos que se partem para voltar a montar.

Acidentes físicos, mentais, emocionais.

Cansâncio.

Insónia.

Discussões.

Fechamentos.

Tudo o que não vai mais está indo embora. Algumas coisas nós vemos. Outras não. Mas o que vemos é o quotidiano. Sobre nós. Porque não há outra mudança além da própria. E essa mudança está alinhada com o que escolhemos quando descemos. Não como pessoa, mas como um fractal. Como alma antiga. Ou como menor encarnação do ser.

Esta temporada de eclipses está acelerando. E essa aceleração também toca a Terra. Ela é guia e objetivo. E sua reação já não é da escuridão, mas da luz. Mas essa luz também abala. Haverá experiências fortes. Inevitáveis. Sismos. Vulcões. Águas. Novos lugares que vão se mover. Porque a Terra está quase definitivamente ancorando a nova energia. Na verdade, a ressonância vibração da Terra subiu abruptamente nessas horas, você viu?

É preciso paciência.

Auto compreensão.

Auto-apoio.

Para continuar o caminho para essa nova vida.

Uma vida onde o sangue é mais líquido.

Os órgãos estão mais relacionados.

A mente equilibra-se.

Afeto se acende com paixão no coração.

No como moda,  

mas como resultado de um corpo físico, mental e emocional

que foi levado para que assim seja.

Ânimo

Eduardo Ostranjov