Por Club Pos

23 de abril de 2025

*"Ouro vs. Dólar: A Mudança no Poder Financeiro Global e a Estratégia Africana"

O ouro atinge recordes históricos (US$ 3.500/onça), sinalizando uma possível queda da hegemonia do dólar, enquanto países africanos adotam políticas agressivas para lastrear suas economias no metal. A desvalorização acelerada do dólar frente ao ouro (40% em 1 ano) contrasta com a falta de atenção midiática ao fenômeno.

Imagem Principal

A Ascensão do Ouro e o Declínio do Dólar


valor exato (US$ 3.483) a onça

Termos originais ("incomum", "atípico")

Dados brutos (US$ 58 de alta)


US 58 em uma única noite – movimento atípico para um ativo que tradicionalmente age como reserva de valor, não como commodity volátil. Esse salto reforça a tese de que o metal está reassumindo seu papel histórico como "dinheiro real", especialmente em um cenário onde:


  • O dólar americano perdeu 40% do poder de compra frente ao ouro em 12 meses.
  • Bancos centrais globais (incluindo China, Rússia e agora nações africanas) acumulam ouro para reduzir dependência do sistema financeiro ocidental.


A Estratégia Africana: Ouro como Âncora Monetária


Enquanto o Ocidente debate a crise do dólar, países africanos agem:


  1. Zimbábue: Lançou o ZiG, moeda lastreada em ouro, para conter hiperinflação (abril/2024).
  2. Uganda: Compra ouro de mineradores artesanais para fortalecer reservas.
  3. Sudão do Sul: Diversifica reservas com ouro, segundo declarações do banco central.
  4. Madagáscar: Usa ouro para compensar quedas nas exportações de baunilha.
  5. Tanzânia: Exige que 20% do ouro extraído seja vendido ao banco central.
  6. Nigéria: Planeja ter 30% das reservas em ouro, com compras diretas pelo BC.


O Silêncio da Mídia e o Futuro do Sistema Financeiro


Apesar da magnitude dessas mudanças, o tema recebe pouca cobertura mainstream. Especialistas como Peter Schiff argumentam que isso reflete um viés pró-status quo, já que a queda do dólar como moeda dominante teria impactos geopolíticos e econômicos profundos:


  • EUA: Perderiam o privilégio de emitir moeda global, encarecendo importações e dívida pública.
  • África/BRICS: Ganhariam mais autonomia, mas precisariam resolver desafios como armazenamento seguro e liquidez do ouro.


Conclusão:


A escalada do ouro e as políticas africanas sugerem uma reconfiguração acelerada do sistema monetário. Se a tendência persistir, os EUA enfrentarão pressões inflacionárias sem precedentes, enquanto economias emergentes podem encontrar no metal uma proteção frágil, porém real, contra a instabilidade global.


Fontes:

  1. Cotações do ouro: Tweet de Peter Schiff | Canal BRICS News.
  2. Dados sobre dólar vs. ouro: Gold Telegraph.
  3. Políticas africanas: Sputnik África e relatórios dos bancos centrais citados.
  4. Contexto histórico: FMI (2023) sobre reservas em ouro.



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